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Mas há cores sem intenção utilitária pelo menos dentro de nossa compreensão.
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Olho em volta: sim, apesar de ser um lugar funcional, há cores também.
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Por todo lugar há cores e decoração exagerada, brilhante e incrível.
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Aqui, há cores, pôsteres nas paredes, livros emumaprateleira, o verde de duas plantas.
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À minha volta tudo é silêncio, não há formas, não há cores, o cântico desapareceu, resta o ar.
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Na verdade, é por isso que sei que não há cores nem tonalidades, apenas átomos e espaços entre eles.
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Na hora de dar ao bombo e à gaita-de-foles, não há cores partidárias, apenas afazeres profissionais, garantem os músicos.
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Honestamente, não há cores aqui!
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Não há cores fortes.
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E não há cores.
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Nela, não há cores vivas, não há fotos de parentes ou amigos, nem recados ou correspondência, apenas o seu computador.
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Estou a tal ponto lambuzado de cores que há cores até nesta carta; estou ocupado com a grande aquarela do banco.
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Pelo contrário, há cores vivas, faz-se uma celebração de diferentes tons de pele, olha-se parao passadoparaenxergarofuturo.
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Eles estão presos nesse estranho lugar, onde não há cores e os habitantes vivem de acordo com regras que os dois consideram incompreensíveis.
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Ali também há cores fortes, como na torre da emissora e ao longo do Avus; amarelo, azul, vermelho e verde, em tons bem vivos.
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Não há cores vivas no gueto, fora o amarelo das estrelas e o vermelho das poças de sangue de que me desvio ao passar.
