1Ele era o feio chupim no ninho do tico-tico, impossível de ignorar.
2Ele ficou à janela até depois de escurecer; mas o chupim não voltou.
3Agora é que tou entendendo: o que eu tinha pelo chupim era amor.
4O jovem arrematou: É engraçado, eu senti por aquele chupim um negócio esquisito.
5Quando o tico-tico acorda, bica o ovo, sai um chupim lá de dentro.
6Virou e viu no chão um ticotico e um chupim.
7O ticotico era pequetitinho e o chupim era macota.
8Era descaradamente veado, e ainda com pinta de chupim.
9Mas era um chupim, um triste e feio chupim!
10No momento certo, levou o chupim para casa.
11O chupim põe os ovos em ninho de tico-tico, e é este que cria os filhotes.
12Bastava um gesto e um assovio para que o chupim decolasse e viesse pousar em seu ombro.
14Saía às vezes para passear com o chupim e a cachorrinha: ele na frente, o chupim andando atrás, a cachorrinha saltitando em torno.
15Eu não tenho vergonha de dizer para vocês: chorei por causa do meu chupim... uma coisa profunda mesmo... ora, eu amava aquele chupim...
16Esses territórios, pequenos em extensão geográfica, são literalmente chupins da economia global.