1Num cortelho comum, o gado humano promiscuía-se à lei da natureza.
2Olha, deixava-se estalar com fome engrunhada no cortelho do Canavezes, a fazer companhia às ovelhas.
3As galinhas esgadanhavam no quinteiro, o porco grunhia no cortelho, a burra roncava na loja.
4E o dela compadecera-se humanamente da sorte daquele desinfeliz que nem um cortelho vedado avezava para se abrigar.
5Fareja, fareja, hesita, bate as pestanas meia dúzia de vezes a acostumar-se às trevas, e corre docemente a fechadura do cortelho.
6Passou uma semana, passou um mês, passaram dois, e a demente aos gritos, varrida, fechada no quarto como uma reca num cortelho.
7Não havia lá senão um boi e umas cabeças de gado miúdo, apanhados nos cortelhos de Avelãs.