1O Carlos do harmónio tinha sempre um madrigal à mão de semear.
2Ao fim deunsmomentos, as suas mãos tatearam, errantes, procuraram ao lado o harmónio.
3Depois de alguns acordes hesitantes do harmónio, os primeiros compassos do malhão chegaram à sala.
4O harmónio da rusga polvilhava a terra deumamelodia antiga, melancólica e sem préstimo.
5Solidários com a dor do Jerónimo, o harmónio, o bombo e os ferrinhos repousavam calados.
6Mateus Dulmo fazia a sua meia hora de harmónio.
7Trataram especialmente de Oxborrow e do seu harmónio.
8Largou-se um dos campinos a tocar no harmónio bailaricos e verdes-gaios, o que animou os convivas.
9Rapou do harmónio e abriu-o numa gargalhada.
10O harmónio repenicava-se todo em redor dela.
11Esta dependência servira provavelmente outrora de salão; ainda lá se via um harmónio, sobre o qual se empilhavam tapetes.
12E como podia continuar ali tranquilo, indiferente ao estranhíssimo fenómeno, tocando no seu harmónio ou acariciando as suas pombas?
13As calças, encolhidas em harmónio, deixavam ver as meias cinzentas e um pedaço sem pêlos, cor de polvo, das pernas.
14Com a ponta do pé e o tacão do sapato fazia outra música, toda em compassos marcados como a do harmónio.
15O harmónio e o bombo emudeceram, as cantigas ficaram sepultadas no peito, e o tempo decorria no lagar tão agoirento e triste como na sala.
16Abriu a porta sem espreitar pelo olhal, e no capacho encontrou o bêbedo do elevador que lhe sorria o riso desmedido, em harmónio, das aparições.