1Um nitrido acordou-o, em sobressalto: pensou que o vinham prender e correu à vidraça.
2Nesse instante o nitrido deum cavalo reboou pela campina.
3Respondeu-lhe perto um nitrido mais possante que vibrou pelos ares.
4Juca, sentindo que fora reconhecido, e já não tinha necessidade de emudecer, soltou o nitrido.
5A égua pressionou as narinas macias contra a mão de Mandred, soltando um nitrido suave.
6Seu cavalo cabeceou e emitiu um nitrido.
7Não estás ouvindo um nitrido de cavalos?
8De sua inquietude participava o cavalo, sempre a cabecear, trocar orelhas, de quando em quando um nitrido baixo, ameaçador.
9Há porém além destes um nitrido vibrante e incisivo que é a interjeição do cavalo, quando chama o companheiro distante.
10Para além das muralhas, ouvia-se o ruído de Paris, e às vezes o nitrido deum cavalo elevava-se, com dilacerante tristeza.
11Debruçando-se então, pruriu o focinho da baia para que ela chamasse o filho com o nitrido fremente que fendia os ares.
12Escapava-lhe então do peito um nitrido plangente e merencório, que enternecia, como o soluço da selvagem mãe implorando o filho perdido.
13Ouvindo-lhe o nitrido, Manuel adivinhou às primeiras notas o soçobro do temor e a angústia, pela trêmula vibração da voz sempre límpida e argentina.
14Quedou-se imóvel, cuidando, o baio outra vez se arreliava, deu dois nitridos curtos, raivosos.
15Noite negra, noite densa, noite calada, e ao longe, toques marciais, nitridos, finos, agudos, trêmulos, de cavalo ardente!
16Retrucou-lhe o profeta: "Como então estou ouvindo nitridos de cavalos e balidos de ovelhas no vosso campo?"