Sou um fazedor de sonhos.

É o tal fazedor de sonhos vindo da província, presumiu ele enquanto o ruído de passos se perdia ao longe.

Pensara frequentemente no desventurado fazedor de sonhos, mas nunca imaginara que o seu destino o pudesse levar a este ponto.

Acostumado desde a infância às conversas sobre o Estado e os assuntos de governo, adivinhou logo o desígnio do pretenso fazedor de sonhos.

-Não vejo o que se pode pedir a um fazedor de sonhos.

-Que mal tem ser um fazedor de sonhos?

-E como correm as coisas para esse fazedor de sonhos, lá na câmara carcerária?

-É um fazedor de sonhos.