1Escorraçado e perseguido como um gineto -Gineto de nome e condição.
2Têm-lhe dito que o seu gato é arraçado de gineto.
3Fora disso, era mesmo um gineto escorraçado.
4Também Gineto reparou neles, mas lamentou-se: -Qualquer dia vou prò mar.
5Na eira, o mestre perguntou quem faltava; mas Gineto disse que ninguém.
6Mais trevas e saudades para Gineto, que o seguiu com os olhos.
7Bem fizera o Gineto, que se alapardara no esteiro, longe daquele tormento.
8Os saloios atiçavam a briga, sorridentes, e Gineto chegou-se também, fazendo coro.
9Gineto impusera: -O que é para um é para todos.
10Mas logo Gineto gritou de longe: -O melhor é matar-nos!
11Gineto encolheu os ombros e Manuel do Bote julgou que era por dúvida.
12Gineto limpou as trevas dos olhos às mãos, molengas; mas teimava no sono.
13A maioria assevera que Gineto é capaz de vencer a fúria das ondas.
14E Gineto teve pena que ser doutor não fosse coisa que se roubasse.
15E Gineto mantém a mesma fé de quando entrou na prisão.
16De costas na enxerga, Gineto dava vulto à ideia da véspera.