1Mas Rolão Rebolão não se absteve de o interromper para declarar gravemente:
2Como Rolão Rebolão não dava sinal de si, curvou-se parao chão:
3Rolão Rebolão rebolou de trás deumalarga poltrona coberta de almofadas.
4E eu sou um deles, como a Zizi; como Rolão Rebolão!
5Quem é que, porém, entendeu as misteriosas alusões de Rolão Rebolão?
6Sim, toda a gente de linhagem, na corte, odiava Rolão Rebolão!
7Ora não seria natural que Rolão Rebolão soubesse estas coisas?
8Pois não tinha ele, Rolão Rebolão, um criado particular parao tratarevestir?
9Só a dor de Rolão Rebolão poderia, pois, acompanhar e suavizar a de El-Rei.
10Rolão Rebolão é que não era criaturinha de tais discrições!
11Desde sempre o tratara por tu, bem como ao rei, e a Rolão Rebolão.
12Poderia alguém, no palácio, esconder um segredo de Rolão Rebolão?
13Mais tarde, vários acontecimentos e circunstâncias concederam foros de autenticidade às declarações de Rolão Rebolão.
14A que propósito, porém, terá Rolão Rebolão ou o seu poema a ver com isto?
15Claro que ninguém, ao tempo, acreditou no Rolão Rebolão.
16No corredor, visto Rolão Rebolão continuar rebolando precipitadamente sobre os seus passos, esperou um pouco.