1E sofrê num qué dizê passá uma semana sem tomá sorvete, não.
2Se tu tá do lado errado da pulítica, Musquita, eles faz tu sofrê.
3O sofrê parecia cantar para ele, tão triste era o canto.
4Pensara lhe dar um presente, companhia para casa, sofrê cantador.
5Numa gaiola, um sofrê partia num canto triste e mavioso.
6O sofrê rompia o peito, canto de rasgar o coração.
7Voou o sofrê, num galho pousou, para ela cantou.
8Toda minha vida fui temente a Deus e ELE num vai deixá eu sofrê mais.
9Na oficina, o pássaro sofrê retomava a melodia.
10Pág. 106, I. Japim -Pássaro cor-de-ouro com encontros pretos e conhecido vulgarmente pelo nome de sofrê.
11E faz tua famia sofrê tomém.
12Na oficina de Tição, um pássaro sofrê ruflando as plumas inflava o peito no canto e no assovio.
13Olhou para cima, sentiu um golpe contundente no flanco esquerdo: dentro da gaiola despencada, ainda vivo, um sofrê.
14Mas estava morto o sofrê.