Finalmente, Levitin, Bellugi e outros passaram a estudar os correlatos funcionais da musicalidade na síndromedeWilliams.
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A síndromedeWilliams é raríssima.
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As paixões musicais e os talentos dos portadores da síndromedeWilliams não haviam sido tema de estudos científicos.
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Para mim, era difícil vê-la, aos oito anos, como um indivíduo separado das qualidades superficiais da síndromedeWilliams.
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Anne, a mais velha, de 46 anos, passara por muitas cirurgias para tratar os problemas físicos decorrentes da síndromedeWilliams.
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Nessa mesma época, Ursula Bellugi, neurocientista cognitiva pioneira em pesquisas sobre surdez e linguagem de sinais, fascinou-se pela síndromedeWilliams.
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Ela ansiava por um amigo, alguém com síndromedeWilliams também, com quem ela pudesse sentir-se à vontade, conversar e fazer música.
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Tinha toda a energia, a impulsividade, a verbosidade e a simpatia característicos dos portadores da síndromedeWilliams, e também muitos dos problemas.
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As características mentais e emocionais muito distintas das pessoas com síndromedeWilliams refletem-se com grande precisão e beleza nas singularidades de seu cérebro.
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Nem todas as pessoas com síndromedeWilliams possuem um talento musical tão extraordinário como Gloria -e poucos indivíduos "normais" têm talento equivalente.
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(Por isso, na Europa a tendência é usar o termo síndrome de Williams-Beuren, mas nos Estados Unidos geralmente se diz síndromedeWilliams.)
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"Todas as pessoas com síndromedeWilliams adoram música", ela disse; "emocionam-se profundamente com ela, mas nem todas são gênios, nem todas têm talento musical."